terça-feira, maio 10, 2011

GALERIA DOS PREFEITOS DO MUNICÍPIO DE BOA SAÚDE/RN


GALERIA DOS PREFEITOS DO MUNICÍPIO DE BOA SAÚDE/RN
GALERIA DOS PREFEITOS DO MUNICÍPIO DE BOA SAÚDE/RN

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Maria Edice Francisco e Félix - Prefeita atual de Boa Saúde.
Primeiro mandato: 01.01.2005 a 01.01.2009
Segundo mandato: 01.01.2009 a 01.01.2012

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Ten. Adauto Rodrigues da Cunha - 1º prefeito nomeado
Mandato: 16.02.1954 a 10.02.1955

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Manoel Teixeira de Souza (Nezinho de Souza) - 1º prefeito eleito
 Primeiro mandato: 01.02.1955 a 01.02.1960
Segundo mandato: 31.01.1965 a 31.01.1970.

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Manoel Ribeiro de Andrade - 2º prefeito eleito
Mandato: 31.01.1960 a31.01.1965

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José Ado Barbalho - 4º prefeito eleito
Mandato: 31.01.1970 a 31.01.1973

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Aliete de Medeiros Paiva - 5º prefeito eleito
 Mandato:31.01.1971 a 312.01.1977

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Paulo de Souza - 6º prefeito eleito
 Primeiro mandato: 31.01.1977 a 31.01.1983
Segundo mandato: 01.01.1989 a 01.01.1993
 Terceiro mandato:  01.01.1997 a 01.01.2001
 Quarto mandato:  01.01.2001 a 2005

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Vivaldo Gomes Brandão - 7º prefeito eleito
Mandato: 31.01.1983 a 01.01.1989

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João Félix Neto - 9º prefeito eleito
Mandaato: 01.01.1993 a 01.01.1997

BOA SAÚDE - Histórico das Comunidades


BOA SAÚDE - Histórico das Comunidades


Origem, Povoamento e Evolução de Boa Saúde


Fatos relacionados com a formação de São José de Mipibu e a interiorização da Colônia indicam que o início do povoamento de Boa Saúde tenha ocorrido na primeira metade do século XIX. A existência dos primeiros habitantes é anterior a 1859, conforme inventários de famílias que habitaram Datas de Terra no território do atual município de Boa Saúde.Tais documentos registram moradores, na segunda metade do século XIX e início do século XX, na Data do Lerdo, dando origem ao povoado de Boa Saúde; na Data de San Mateus, onde surgiu o Córrego de São Mateus; na Data das Almas onde teve origem Gatos, atual Guarani e, em outras locais como: Oiticica, Braz, Xiquexique, Boqueirão, Diamantina, Boa Esperança, Poço Comprido, Capivara e Vaquinha.

O povoado de Boa Saúde evoluiu a partir da sua condição de local de pouso ou arrancho de tropeiros que, do Litoral se deslocavam para Sertão. Os primeiros mora-dores pertenciam às famílias Sacca, Ferreira e Nunes e, em seguida, os Cachoeiras.

Tendo origem na Data do Lerdo, o povoado evoluiu e passou a se chamar Boa Saúde, a partir da capela de Nossa Senhora da Saúde, construída por iniciativa de Luiz Francisco da Costa (Luiz Cachoeira). O responsável pela construção foi Antônio Badamero Sacca, que além de pedreiro e marceneiro, oferecia arrancho aos tropeiros em sua residência, situada onde em 1935 foi construída a primeira escola e atualmente existe o prédio do Correio.

A razão da construção da capela tem mais de uma versão. Uma de que um grupo de romeiros teria trazido a imagem de Nossa Senhora da Saúde, do Juazeiro do Padre Cícero. Outra de que os Cachoeira teriam mandado construí-la depois que um parente ficou curado de uma enfermidade, após banhar-se no rio Trairi, onde nas suas margens existia muito muçambê, uma planta medicinal. Outra, ainda, de que um viajante ao adoecer e ficar curado, ter dito que o lugar era abençoado, de muita saúde e, que sabedor do ocorrido Luiz Cachoeira teria mandado edificá-la e buscar a imagem da santa na Europa. A primeira versão parece a menos provável considerando que em 1878 o povoado já existia com o nome de Boa Saúde e as romarias ao Juazeiro se intensificaram a partir de 1889, depois de ocorrido o milagre da Beata Mocinha, o que afasta a possibilidade da vinda da imagem do Juazeiro do Norte.

Há evidências de que a imagem teria vindo da Europa, pois segundo Antônio Marques de Carvalho Júnior, professor da UFRN, estudioso e expert em arte sacra e antiguidades "Do ponto de vista do estilo pode-se dizer que se trata de uma escultura de influência barroca, mas já tendendo para o néo-clássico, caracterizado pelo panejamento sóbrio, com pouco movimento. O pedestal ou base é extremamente simples, sendo pois mais um forte indicador de uma escultura saída de uma manufatura européia do século XIX, entre 1800 e 1860. A hipótese de sua origem ser a cidade do Juazeiro do Norte não tem a menor possibilidade, pois trata-se de uma escultura de fatura erudita e não de cunho popular".

A ocupação da área se deu de forma lenta e tendo como principal núcleo o povoado de Boa Saúde que, em 1886 passou a contar com duas professoras nomeadas pela Prefeitura de São José de Mipibu, município ao qual pertencia. No início da década de 1930 o povoado já contava com uma população significativa, a ponto de merecer a atenção do governo estadual no sentido de dotá-lo de uma infra-estrutura de serviços, composta de: uma escola, inaugurada em 02/02/1935; um mercado público, inaugurado em 06/10/1935 e uma delegacia de polícia. As principais lideranças da época eram José Heronides da Câmara e Silva, proprietário rural e comerciante e, Manoel Joaquim de Souza (Neco de Sinhá), proprietário rural.

Em 1936, Boa Saúde teve o seu território delimitado como zona fiscal e foi criada uma agência arrecadadora. Em 1938, passou à condição de vila, com a criação do Distrito, incluindo os povoados de Lagoa Salgada e Córrego de São Mateus, sendo, a partir daí administrada por um sub-prefeito, contando com um arrecadador fiscal e um zelador do cemitério. Permaneceu na condição de vila até 11/12/1953, quando passou a condição de cidade, com a criação do município.

Fonte: BOA SAÚDE: Origem e História


Distrito de Córrego de São Mateus


"O território do município está dividido em dois distritos: o da sede e o de Córrego de São Mateus. Documento do Cartório de São José de Mipibu, datado de 08/03/1867, faz referências ao território onde, atualmente, está situado o Distrito de Córrego de São Mateus, no município de Boa Saúde. Trata-se do inventário de Sancha Ferreira da Silva, residente em São José de Mipibu, que deixou como parte de seus bens para o seu esposo, o Tenente Manoel Timotheo Ferreira Lustoza, uma parte de terra “na data de San Matheos no Corrego”.

A referência mais remota sobre os primeiros moradores do território onde está situado o povoado de Córrego de São Mateus, data de 12/03/1877. Trata-se do casal Leandro Francisco da Silva e Josefa Leandro da Silva, que tiveram os seguintes filhos: Nicácia, casada com Florêncio da Costa; Mariana, casada com Bernardino Jorge de Lima; Joanna, casada com Manoel Benedicto da Silva; Cândido Chavier, solteiro, com 21 anos; Martinha, casada com Manoel Valentim da Hora; João, com 13 anos; Maria, com 11 anos; Apolônia, com 10 anos e, Eugênia, com 9 anos de idade. Falecido em 1877, Leandro Francisco da Silva deixou como herança para a viúva e seus descendentes, entre outros bens imóveis, uma parte de terra com casa de morada e casa de farinha, em Córrego de São Mateus.

Outra família das mais antigas de Córrego de São Mateus, da qual se tem conhecimento, é a de João Bernardo da Silva que, tendo falecido em 1895, deixou duas partes de terras, na “data de San Matheus”, para a viúva, Francisca Bernarda da Silva, e para os filhos: Manoel Bernardo da Silva com 65 anos, residente em Monte Alegre; Ignácio Bernardo da Silva, com 64 anos, casado com Sebastiana Bernarda Ferreira, residentes no Córrego de São Mateus; Martha Bernarda da Silva, com 63 anos, casada com Vicente Ignácio, residentes em Córrego de São Mateus; Mathilde Bernarda da Silva, falecida e cuja herança coube aos filhos ( Maria Bernarda da Silva, José Padre da Silva, Ivo Bernardo da Silva, Maria Anunciada da Silva, Zulmira Bernarda da Silva e Maria Emília da Silva) e Cândida Bernarda da Silva, também falecida, deixando a sua herança para os filhos: Maria Cândida da Silva, José Bernardo da Silva, Maria Bernardo da Silva e Josefa Cândido da Silva. O requerimento do referido inventário, datado de 08/09/1924, foi assinado a rogo por José Padre, uma vez que a inventariada era declarada analfabeta. Quanto aos bens, conforme documento do Cartório de São José de Mipibu, trata-se de duas partes de terra, uma “...adquirida por compra de escritura particular, a Antonia Maria de Jesus, viúva de Pedro do Amor Divino, sendo terras de arisco e caatinga, com direito até o fim da data de S. Matheus, neste Município...” e, a outra localizada anexa à primeira, também “...foi adquida por compra de escritura particular a Francisco José da Silva e sua mulher Ignácia Maria da Silva...”

Outra referência aos moradores mais antigos do Distrito de Córrego de São Mateus, datada de 30/09/1914, encontramos no inventário de Maria Emília Ferreira, casada com José Ferreira da Silva, que residiram na localidade de Logrador do Juba. Como filhos do casal foram citados: Josefa , com 16 anos; Maria, com 15; Joaquim, com 14; Augusto, com 9; José, com 8 e, Francisco, com 4 anos de idade.

Entre os habitantes mais antigos do Córrego de São Mateus, de que se tem notícias, estão os Inácio: João, Joaquim, Rita, Balbina e Percila. A Primeira casa existente, onde hoje está situado o povoado, foi construída pelo Senhor Joaquim Inácio, que tinha seis filhos: Luiz Inácio, José Inácio, Luíza Inácio (casados) e mais três mulheres, que permaneceram solteiras e cujos nomes são ignorados. Dizem os moradores mais antigos que as mesmas eram conhecidas como as moças da casa grande, denominação atribuída à residência do Senhor Joaquim Inácio. No início, o povoado era conhecido como Córrego dos Inácios.

Outras famílias que deram origem ao povoado de Córrego de São Mateus foram:

- Família Vicente: O casal José Vicente da Silva e Joaquina Vicente da Silva teve os seguintes filhos: Manoel Vicente da Silva, João Vicente da Silva, Joaquim Vicente da Silva, José Vicente da Silva, Maria Vicente da Silva e Francisca Vicente da Silva;



- Família Ramos: Do casal Antônio Ramos e Maria Ramos, conhecida como Maroquinha, nasceram: Augusto Ramos, Antônio Ramos, Rita Ramos, Luíza Ramos, Ana Ramos e Nazinha Ramos;

- Família Gomes: O Senhor Manoel Gomes da Silva, conhecido como Manoel Padre, casado com a Senhora Filomena Gomes da Silva, teve os seguintes filhos: Manoel Gomes da Silva, Genésio Gomes da Silva, Joaquim Gomes da Silva, Enedina Gomes da Silva e Adília Gomes da Silva.

- Família Oliveira: O casal Luiz Francisco de Oliveira e Luíza Rodrigues de Oliveira teve os seguintes filhos: Josefa Rodrigues de Oliveira, José Francisco de Oliveira, Ceci Rodrigues de Oliveira, Maria de Lourdes Rodrigues de Oliveira, Leide Rodrigues de Oliveira, Teresinha Rodrigues de Oliveira e Oliete Rodrigues de Oliveira.

Até o início da década de 1940, as famílias de Córrego de São Mateus tinham suas casas dispersas. A partir de então, foi que começaram a construir suas residências, se preocupando com a formação do arruado. O Senhor Robério Xavier do Nascimento, casado com a Senhora Josefa de Oliveira Xavier, filha do Senhor Luiz Francisco, foi quem primeiro construiu com esta preocu-pação. Por iniciativa dele, tam-

bem foi construída a primeira capela, dedicada a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, logo depois da Segunda Guerra Mundial. Convocado para servir na força de guerra, não chegou a embarcar por motivo do término do conflito. Como havia pedido a proteção da santa, em agradecimento, construiu a capela.

O povoado tem outra capela, dedicada a São Mateus, construída no ano de 1968 e que foi motivo de uma certa divisão entre os católicos do lugar,. durante determinado tempo.

Outra construção que contou com a iniciativa do Senhor Robério foi o primeiro mercado de Córrego de São Mateus, em 1946, quando a partir daí o povoado passou a contar com uma feira semanal, aos domingos , que não existe mais.

A primeira escola do povoado funcionou em um prédio cedido pelo Senhor Luiz Francisco de Oliveira, tendo como professora do Município de São José de Mipibu a Senhora Josefa de Oliveira Xavier que, uma vez criada a Escola Isolada de Córrego de São Mateus, foi nomeada a primeira professora estadual e, depois, a primeira diretora da referida escola. A senhora Josefa de Oliveira Xavier foi, também, a primeira professora que lecionou o curso primário completo no município, tendo inclusive alunos que se deslocavam de Boa Saúde para estudar em Córrego de São Mateus.

O cemitério de Córrego de São Mateus foi construído por iniciativa do Senhor Luiz Francisco de Oliveira, em 1956, quando o Senhor Manoel Teixeira de Souza era Prefeito do Município de Januário Cicco. O terreno para a referida construção foi doado pelo Senhor Antônio Januário. A primeira Zeladora do Cemitério, nomeada pela Prefeitura Municipal de Januário Cicco, foi a Senhora Odete de Oliveira Xavier.

O Senhor Luiz Francisco de Oliveira foi proprietário de um caminhão misto que fazia a “linha” de Januário Cicco a Natal, na segunda metade da década de 1950 e na década de 1960. Os principais produtos transportados e comercializados em Natal, naquela época, eram a goma e a farinha de mandioca. Existiam no povoado três casas de farinha, que pertenciam a Joaquim Inácio, Luiz Francisco e Robério Xavier. Atualmente, o número de casas de farinha aumentou para sete.

A produção de tijolos e telhas era localizada em Timbaúba, tendo como principal responsável o Senhor Manoel Francisco Oliveira. Atualmente, o principal produtor é o Senhor José Otacílio do Nascimento.

O artesanato de Córrego de São Mateus era representado:
- Pelas vasilhas de barro: jarras, potes, panelas, alguidás, cacos de torrar café, etc., produzidas por Dona Salvina;
- Pelos artigos feitos a partir da palha de carnaúba: chapéus, esteiras, sacas, vassouras, produzidos por Alice Cassimiro e Maria Vicente;
- Pelas cordas de sisal e produtos de chifre, feitos por Seu Vicente Xixiu,;
- Pelos trabalhos de labirinto, feitos por Dona Maria Vicente.

Os folguedos populares que animavam as noites da população de Córrego de São Mateus eram: O boi-de–rei de mestre Manoel Pereira e o João Redondo de Manoel Luiz.

O povoado de Córrego de São Mateus foi elevado à categoria de Distrito através do Decreto Nº 2.929, de 24/09/1963, publicado no Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Norte, datado de 25 de setembro do mesmo ano.

A população do distrito, em 1980, de acordo com o censo realizado pelo IBGE, era de 1.478 habitantes, sendo 766 homens e 712 mulheres. Em 1991, a população total de Córrego de São Mateus passou a ser 1.403 pessoas, das quais 713 homens e 690 mulheres.

O Distrito de Córrego de São Mateus já participou dos poderes legislativo e executivo do Município de Januário Cicco, atual Boa Saúde, através dos seguintes representantes:

- José Francisco de Oliveira, Vice-Prefeito, no período de 1955 a 1960;
- Terezinha de Oliveira Silva, Vice-Prefeita, no período de 1973 a 1977 e Vereadora, nos períodos de: 1976 a 1971 e 1989 a 1992;
- Vivaldo Gomes Brandão, Prefeito, no período de 1983 a 1988 e Vereador, nos períodos de: de 1967 a 1971, de 1971 a 1973 e de 1973 a 1977.
- Robério Xavier do Nascimento, Vereador, no período de 1955 a 1960;
- Otacílio Xavier do Nascimento, Vereador, nos períodos de 1963 a 1967 e de 1967 a 1971;
- João Antônio de Mesquita, Vice-Prefeito, no período de 1993 a 1997;
- José Averaldo Cabral, Vereador, nos períodos: 1983 a 1989, de 1989 a 1992, de 1992 a 1997 e de 1997 a 200l;
- José Otacílio do Nascimento, Vereador, nos períodos de 1989 a 1992 e de 1992 a 1997.

O Distrito de Córrego de São Mateus é ligado à sede do município e aos vizinhos municípios de Lagoa Salgada, Vera Cruz e Lagoa de Pedras, através de estrada asfaltada, sendo servido, diariamente, por ônibus da Empresa Rio-grandense, para Boa Saúde e Natal. Conta com Posto Telefônico e telefones comunitários da TELEMAR, água da Adutora Monsenhor Expedito e energia de Paulo Afonso".

Texto extraido do livro: BOA SAÚDE -  Origem e História, dos autores José Alaí de Souza e Maria de Deus Souza de Araújo

O Povoado de Guarani

Situado na Data das Almas, surgiu o povoado de Gatos, provavelmente na mesma época do povoamento de Boa Saúde, primeira década do século XIX. Sobre a origem do nome Gatos, os moradores mais antigos contam que na pedra de um poço que existia no rio Trairi, apareciam filhotes de onças que as pessoas chamavam de gatos. O referido poço tornou-se conhecido como Poço dos Gatos, dando origem ao nome do lugar.

O povoado de Gatos, atualmente denominado de Guarani, fica situado às margens do Trairi, sendo que a maior concentração das famílias fica do lado direito do referido rio. A distância para a sede do Município de Boa Saúde é de 05 quilômetros.

A mudança do nome para Guarani aconteceu no início da década de l960, tendo sido uma sugestão de Padre Antônio Dantas Vilela, aceita pelos moradores.

Uma das famílias mais antigas, do território onde se situa o povoado de Guarani, da qual se tem notícias, é a de José Lucas da Cruz, que, tendo falecido pelo ano de 1911, deixou os seguintes filhos:
- Felix Lucas da Cruz, com 68 anos de idade, casado com Belmira da Cruz;
- Manoel Fiel da Cruz, na época já falecido e, tendo sido casado com Maria Fiel da Silva, deixou os seguintes filhos: Ricarda da Cruz, casada com João Belarmino; Izidro Manoel da Cruz, solteiro, com 23 anos; Isabel da Cruz, solteira, com 22 anos; Maria da Cruz, casada com Antônio dos Santos e, Justina da Cruz, solteira com 20 anos;
- Joanna da Cruz, com 57 anos de idade;
- Antônio Jorge da Cruz, casado com Josefa Epiphania da Cruz ;
- Francisca da Cruz, casada com José Joaquim da Silva;
- Faustina Lucas da Cruz, solteira ,com 52 anos;
- Dina Lucas da Cruz, solteira, com 50 anos ;
- Rita Lucas da Cruz, casada com Manoel Joaquim da Silva;
- Joaquina Lucas dos Santos, casada com Joaquim Francisco dos Santos.

Segundo informações dos moradores mais antigos de Guarani, outra família das mais antigas da Data das Almas foi José Valentim da Hora, cujos descendentes são os seguintes:
- João Valentim da Hora, tendo como filhos: José Valentim da Hora, Joaquina Valentim da Hora e Josefa Valentim da Hora;
- José Valentim da Hora Filho, cujos descendentes são: Joaquim Valentim da Hora, Josefa Valentim da Hora, Severino Valentim da Hora, Joana Valentim da Hora, Maria Valentim da Hora, Cícero Valentim da Hora e Ana Valentim da Hora;
- Manoel Valentim da Hora, tendo como filho José Valentim da Hora.

Outras famílias mais antigas do território de Guarani são as seguintes:
Família de Francisco José dos Santos e Ana dos Santos, cujos descendentes são:
- Ana Francisco dos Santos, casada com Porfírio Freire Carneiro, tendo como filhos: Josefa Porfírio dos Santos, Luís Porfírio dos Santos, Sebastiana Porfírio dos Santos, Joana Porfírio dos Santos e Maria Porfírio dos Santos. Do casamento de Maria Porfírio dos Santos com Pedro Bento de Oliveira, nasceram os seguintes filhos: João Porfírio dos Santos (João Birico) e Josefa Porfírio dos Santos;
- Joaquim Francisco dos Santos, casado com Joaquina. Lucas da Cruz cujos filhos são: Manoel Joaquim dos Santos, Josefa Salvina dos Santos, Maria Joaquina dos Santos, Antônio Joaquim dos Santos e José Joaquim dos Santos (Antão).
- Maria Francisco dos Santos, cujos descendentes são os seguintes: José Francisco dos Santos, Ricardo Francisco dos Santos, Raimundo Francisco dos Santos e Maria Francisco dos Santos;
- José Francisco dos Santos, cujos filhos são: Francisco José dos Santos (Bembem), Joaquim José dos Santos e Cecílio Jose dos Santos.
Família Eliotério, cujos descendentes lembrados são os seguintes:
- Manoel Eliotério dos Santos, casado com Francisca Belos dos Santos (Chicó), tendo como filhos: Antônio Eliotério, Luís Eliotério, João Eliotério, Cícero Eliotério, Sebastião Eliotério, Severena Eliotério e Manoel Cícero dos Santos.
- Joana Eliotério dos Santos, casada com Antônio Caboclo, cujos filhos são os seguintes: Josefa, Severino, Sebastião, Aprígio, José, Joaquina, Helena, Maria e Dioclécio.

A capela de Guarani foi construída em 1952, por iniciativa do Senhor Manoel Francisco da Silva, mais conhecido como Manoel Chico, contando com o apoio dos Senhores Cícero Valentim da Hora, Sebastião Eliotério, José Guino da Silva, João Birro e a participação da comunidade, O padroeiro é São Sebastião, cuja festa é comemorada no da 20 de janeiro de cada ano. Antes da construção da capela, as novenas em homenagem a São Sebastião eram rezadas na casa do Senhor João Birro, fazendo parte dos festejos: leilão e barraca.

A principal atividade econômica de Guarani é a agricultura de subsistência, pricipalmente a produção de goma e de farinha de mandioca que, há vinte, trinta anos atrás, era bem mais intensa, parte sendo vendida para a feira de Boa Saúde e outra na feira do Alecrim, em Natal.
Texto extraido do livro: BOA SAÚDE - Origem e História, dos autores José Alaí de Souza e Maria de Deus Souza de Araújo


O POVOADO DE LAGOINHA


O povoado de Lagoinha está localizado no município de Boa Saúde, no Estado do Rio Grande do Norte. Sua distância para a sede do município é de nove quilômetros, dos quais sete de estrada asfaltada.

A origem da localidade foi uma fazenda por nome de Lagoinha, que pertencia a Aníbal Barbalho de Oliveira. O povoado surgiu tendo como primeiros habitantes: Antônio Silvério, João Silvério, Francisco Silvério, Oliveira Basílio, João Belo, Antônio Belo, Izídio dos Santos, Joaquim dos Santos e Amaro Targino. A família Silvério, também chamada de Velo é das mais antigas do lugar.

No início do povoado, o trabalho das pessoas era relacionado com a sobrevivência. Os primeiros habitantes caçavam, pescavam e extraiam madeira para o consumo, além de praticarem a agricultura de subsistência e criarem animais.

Quanto à vegetação predomina a caatinga. As pessoas supriam suas necessidades de água, cavando cacimbas no leito do rio Trairi, de onde água salobra era transportada em barris, galões, potes e cabaças. Em relação à água para beber, grande parte das famílias da comunidade desde muito tempo se abasteciam de um poço tubular existente na Fazenda Gajarana. Outra forma de abastecimento da comunidade era através de carro pipa. Atualmente existe água encanada na comunidade através de rede de distribuição ligada a Adutora Monsenhor Expedito.

Em relação à economia do povoado, não houve muita mudança, pois a maioria das pessoas continua vivendo da agricultura de subsistência e com ajuda dos programas sociais do governo. É comum as pessoas saírem do lugar em busca de uma vida melhor e apenas um pequeno número de pessoas são empregadas, principalmente como funcionários públicos.

Uma das pessoas consideradas mais importantes para a comunidade foi Maria Cacimira da Conceição, conhecida como Maria Louceira, porque fazia louça de barro. Ela era descendente de índios e casada com José Germano da Silva. Faleceu com 100 anos de idade. Seu marido faleceu primeiro e ela sustentou os 10 filhos do casal, fazendo louça de barro e vendendo em casa e nas feiras. Outra pessoa lembrada na comunidade é Josefa Ângelo, mais conhecida como “Mãe Zefinha” pois a mesma era parteira e rezadeira..

O artesanato existente na localidade de Lagoinha era feito de palha de carnaúba por Josefa Rosa. Ela produzia chapéus, esteiras e vassouras que eram vendidos para ajudar no sustento da família.

Em Lagoinha existe uma Igreja Católica construída em julho de 2002 com o apoio e a contribuição da comunidade, tendo a frente um grupo de jovens que realizou campanhas através de bingos e rifas para arrecadar dinheiro para a construção. O padroeiro de Lagoinha é São João Batista e o terreno da Igreja foi doado por João Custódio da Silva, que sendo devoto de São João ofereceu o local de espontânea vontade para a sua construção e, por isso, o pároco e a comunidade em sua homenagem escolheram o referido santo para padroeiro da localidade. A festa em homenagem a São João Batista é realizada no mês de junho, com novenas, missa, procissão e show. Atualmente, na igreja são rezados terços, encontros aos sábados e domingos e, missas todo final de mês.

Na comunidade existe, também, uma Igreja Evangélica. Inicialmente residiam em Lagoinha apenas quatro evangélicos que se deslocavam para participar de cultos nas localidades vizinhas. Com o passar do tempo, o número de evangélicos cresceu e foi construída a Assembléia de Deus.

Em Lagoinha existe um Grupo de Capoeira que teve início através de alguns jovens que se deslocavam para Boa Saúde todos os sábados para participar de um Curso de Capoeira organizado por José Alai de Souza, em 2002. Terminado o curso, João da Silva e Giliarde continuaram se reunindo com outros jovens de Lagoinha e realizando treinos de capoeira, dando origem ao grupo, que contou sempre com o incentivo de José Alaí e de outras pessoas.


POVOADO DE BARRENTAS
Barrentas fica a 08 quilômetros da sede do município de Boa Saúde. Ao norte, está a Lagoa das Barrentas; ao sul, o povoado Riacho do Bom Pasto; ao leste Maretas e, ao oeste, a Fazenda Barbalho.


Segundo os moradores mais antigos: “Os primeiros habitantes eram descendentes da família Maçonilo que vieram do Agreste, pelo ano de 1915 e se instalaram próximo a uma lagoa, onde construíram suas casas. Resolveram colocar o nome do lugar de Barrentas porque a lagoa que existia próximo às suas terras tinha a água muito escura. Por esta razão tanto o lugar quanto a lagoa passaram a serem chamados de Barrentas. Toda a família sobreviveu da água da lagoa, usando tanto para beber como para as demais necessidades do dia-a-dia. Alimentavam-se das plan-tações, da caça e da pesca”.

Hoje a comunidade é composta aproximadamente por 200 habitantes. As principais atividades econômi-cas são a agricultura e a pecuária. As condições de moradia podem ser consideradas estáveis, pois a maioria dos habitantes possui residência própria e todas são de alvenaria. A renda das famílias é muito baixa. Existem poucos funcionários públicos e a maioria das pessoas vive da aposentaria e dos programas do governo federal.

Em Barrentas existe uma plantação nativa de carnaúba e algumas pessoas fazem trabalhos com a palha: vassouras, espanadores, esteiras e chapéus. Esse trabalho está reduzido, não pela falta da palha, mas pela falta de incentivo. O mesmo acontece em relação ao barro da lagoa que poderia ser utilizado para fazer artesanato em cerâmica.

Na comunidade existe a Escola Municipal Cícero Custódio da Silva. A mesma foi fundada na gestão do prefeito Paulo de Souza, em 1980. Seu nome é em homenagem ao doador do terreno.

Em Barrentas uma das pessoas mais populares é José Claudino de Oliveira, conhecido como Zé Inocêncio. Ele é pedreiro, mas tornou-se famoso pelo fato de gostar de contar causos e estórias. Há algum tempo atrás ele brincava “João Redondo”, não só na comunidade como na região.

O principal esporte de Barrentas é o futebol praticado, principalmente, pelas pessoas mais jovens. São promovidos torneios, vez por outra com a presença de times de fora e, também participam de competições em Boa Saúde e na vizinhança.

Texto de: Maria Aparecida Alves de Pontes
Revisão de: José Alaí de Souza

POVOADO DE IPUEIRAS


Ipueiras localiza-se a três quilômetros da cidade de Boa Saúde, na microrregião Agreste Potiguar. Não se tem conhecimento exato da época do início do povoamento da área que constitui a localidade. Fatos, descritos pelo Senhor João Porfírio dos Santos, conhecido como João Birico, em 14/11/2003, em função de uma pesquisa acadêmica realizada pela Professora Hailda Maria da Costa, como estudante da UFRN, indicam que o povoado surgiu na década de 1920, tendo como primeiros habitantes a família de Manoel Delfino da Costa. Sua residência ficava nas proximidades onde hoje existe o açude nas terras de do Senhor José Roberto.

A segunda família mais antiga do povoado foi a de Senhor João Porfírio dos Santos, João Birico, que chegou ao povoado em 1930. Ele nasceu em 1911 e faleceu em 2005, sendo um dos habitantes mais idosos do lugar.

Outras famílias mais antigos de Ipueiras, são as seguintes:

- A família de Pedro Felipe chegou a Ipueiras na década de 1930, passando a residir na casa onde morou Manoel Delfino e sendo dono de grande parte das terras a margem da estrada principal, hoje RN002”;

- A família de Piriri que residiu onde hoje á a propriedade de Geraldo Cirilo da Costa;

- A família de Severino Bento Bezerra que chegou na localidade em 1950, sendo um dos principais produtores rurais;

Dentre os moradores mais antigos de Ipueiras, destacam-se como família mais numerosas: a de João Porfírio dos Santos (João Birico) com 26 filhos e mais de 250 descendentes e, a de Benta Bezerra, falecida em 1904, deixando: 25 filhos e mais 110 descendentes. .

A origem do nome da localidade está relacionada com a existência de uma lagoa que continha muitas barrocas ou ipueiras, atualmente, localizada nas terras do Senhor Geraldo Cirilo da Costa.

Texto: Professora Hailda Maria da Costa
Revisão: José Alaí de Souza

O POVOADO DE TIMBAÚBA


Timbaúba é uma comunidade que pertence ao município de Boa Saúde- RN. Localiza-se a 12 quilômetros da cidade de Boa Saúde e tem uma população de 312 habitantes.

As construções que podemos encontrar na comunidade são as casas dos moradores, uma escola, duas casas de farinha, uma pequena capela, algumas cisternas e chafarizes. O povoado limita-se ao norte com o Sítio de Santa Cruz, ao sul com Lagoa da Onça, ao leste com o Córrego de São Mateus e Pororocas ao oeste com Bela Vista e Canto Grande.

Segundo Valdira Alves da Silva, conhecida como Nena e moradora da comunidade: “A origem do nome Timbaúba surgiu por conta de uma planta de nome timbaúba e que existia na localidade e servia como referência para as pessoas.Não se tem conhecimento exato da época do início do povoamento da comunidade, mas que os primeiros habitantes foram os Imídios”.

Sobre o passado e os costumes da população Valdira disse que:”Naquela época as pessoas gostavam muito de fazer promessas a São José pedindo ao santo mandasse chuva para a comunidade. E para alcançar essa graça roubavam a imagem de São José, de uma casa e prometiam ao santo devolvê-lo ao dono rezando uma novena quando a graça fosse alcançada. E assim. Quando eram atendidos, no dia de São José, rezavam uma novena em volta de uma lagoa que existe na comunidade e em seguida faziam a devolução da imagem do santo ao seu dono”. Falando, ainda, sobre os costumes da população, Valdira disse: “ Na época da ‘semana santa’ os moradores fazem doação de esmolas e saem para tomar a benção aos padrinhos e familiares. Na quinta e sexta feira o peixe é um alimento obrigatório. A comunidade costuma rezar a quaresma, começando pela casa de Dona Maria Nazaré da Silva e em seguida percorre a maioria das casas”.

Os moradores de Timbaúba têm como principal fonte de renda a agricultura. Eles trabalham cultivando feijão, milho, mandioca, batata doce, jerimum e tem plantações de cajueiros. Também criam animais bois, porcos e galinhas para o sustento e, no caso de fartura vendem. Umas pessoas trabalham para si mesmas e outras trabalham na diária para quem tem condições de pagar diass de serviço. Algumas pessoas na comunidade sobrevivem de suas aposentadorias e outras dos programas do governo. Alguns moradores são funcionários públicos e outras poucas pessoas vivem do comércio.

Em Timbaúba existe uma escola que foi construída em 1981. ( Acrescentar aspectos sobre as condições físicas e o funcionamento da escola). Mas antes, conforme o relato de Valdira: “ Foi construída uma cobertura de palha na residência de Dona Nanci Lopes da Silva e Seu José Luis da Silva e teve início o funcionamento de uma creche que tinha como monitora Helena Luis da Silva, como merendeira Dona Nanci e como zeladores Seu José Luiz e Francisco Luis”.

As pessoas de Timbaúba tem poucas oportunidade de lazer. Vivem mais para o trabalho. Quando não ficam assistindo televisão saem a procura de divertimento em outras comunidades.

Texto de: Jarlene do Nascimento Ferreira


 POVOADO DE POÇO COMPRIDO


Poço Comprido fica no município de Boa Saúde, no Rio Grande do Norte. Localiza-se a 11 quilômetros da cidade de Boa Saúde e faz limite com as seguintes localidades: Logradouro, ao norte; Picadinha, ao sul; Marquinho, ao leste e, Mãe d`Água; ao oeste. O acesso para a sede do município é através da estrada que vai para Lagoa dos Currais e em seguida a estrada asfaltada que liga Serra Caiada a Boa Saúde.

Segundo Seu Manoel Avelino, morador da comunidade desde 1922, atualmente (2006) com 91 anos de idade: “O nome Poço Comprido, surgiu de um grande poço que existia no leito do rio Trairi, onde as pessoas faziam a travessia para ir para a cidade ou outras localidades. Muitas pessoas temiam a travessia,quando o rio estava cheio e costumavam pedir ajuda as pessoas que sabiam nadar como: Arnaldo Patrício, Pedro Tomé Barbalho, Cinfrônio e outros que moravam nas proximidades do rio. Dependendo da quantidade de água do rio, utilizavam troncos de madeira ou barris amarrados em cordas para transportar pessoas e mercadorias”.

Outra pessoa que mora na comunidade a muitos anos é Dona Maria Assunção Barbalho. Nascida em 1911, no município de Santo Antônio, no Rio Grande do Norte, atualmente com 95 anos de idade, desde os sete anos de idade era mora em Poço Comprido.

Poço Comprido tem uma população de 350 habitantes aproximadamente. A maioria das pessoas vivem da agricultura de subsistência,cultivando milho, feijão e mandioca, uma vez que o solo é arenoso e apropriado para essas culturas, além de plantações de cajueiro, coqueiros, mangueiras e umbuzeiros. Existe, também, a criação de animais, principalmente, bovinos e aves. Muitas pessoas são aposentadas ou vivem dos programas sociais do governo.


O POVOADO DE PALMATÓRIA, NO PASSADO E AGORA


A comunidade de Palmatória é dividida pelo rio Trairi. A margem direita pertence a Boa Saúde; a margem esquerda pertence a Serra Caiada. O acesso a parte da localidade, que pertence a Boa Saúde, somente é possível indo por Serra Caiada, pois há muitos anos a estrada que ligava Boa Saúde aquele lugar não oferece condições de transito.

João Cosme, antigo morador nascido em Palmatória no município de Boa Saúde, disse que se mudou para Serra Caiada em 1991. Os principais motivos foram: o isolamento da comunidade por falta de estrada, a falta de energia e de escola para os filhos. A comunidade há uns vinte e poucos anos atrás era habitada pelas famílias Mendonça, Patrício, Alexandre e Marques, habitando num total de 53 casas. Segundo ele: na época do Prefeito Nezinho de Souza as condições da estrada eram boas e existia uma escola municipal que teve como primeira professora Veneranda e depois Zé Augusto. Funcionou, também, uma escola pelo rádio no tempo de Padre Vilela, com os professores Zé Augusto e Etelvina. A comunidade tinha uns 80 eleitores. Hoje deve existir apenas uns 05. No dia da eleição iam dois carros cheios de eleitores para votar em Boa Saúde.

João Cosme disse, ainda, que as famílias vieram morar na comunidade de Palmatória do lado de Serra Caiada, mas deixaram suas terras na parte que pertence a Boa Saúde, onde continuam fazendo seus roçados e criando animais. Na sua opinião, se a comunidade tivesse estada, energia e, oferecesse melhores condições de moradia, muitas famílias voltariam pela facilidade de morar e trabalhar no mesmo lugar. Mas, percebe-se que nas pessoas não existe esperança de melhora ou mudança, pelo menos por enquanto.

Texto de: José Alaí de Souza